quinta-feira, 16 de abril de 2009

CACHOEIRA GRANDE NO VALE - SP

CACHOEIRA GRANDE NO VALE

Uma das mais espetaculares cachoeiras do Vale do Paraíba, com 36 metros de queda livre, se destaca pelo grande volume de água,localizada a 65 Km de Guaratinguetá no município de Lagoinha, no bairro do Faxinal, privilegiado por sediar um dos nossos maiores" patrimônios naturais".




Ao lado da cachoeira podemos contar com infra-estrutura, como restaurante, pousadas, conciliando os avanços da sociedade moderna, a pequenas coisas aparentemente simples,






que nos faz sentir maravilhosamente bem, e saudável psicologicamente,fazendo nos entender que somos apenas um ser como qualquer outro: pertencente a "Santa Natura". E não temos o direito de modificá-la, de acordo com que achamos o melhor economicamente, de que vale tudo isso???

domingo, 12 de abril de 2009

AS PEDRAS PARAIBANAS E SEUS MISTÉRIOS - PB

LAJEDO DO PAI MATEUS - PB



Lagedo do Pai Mateus - Cabaceiras/ParaibaO Lajedo do Pai Mateus, no estado da Paraíba, é um desses locais privilegiados pelo capricho da natureza. Ao longe, o que se vê é uma enorme base de granito onde grandes pedras redondas dão um aspecto único, como se tivessem sido colocadas ali pela mão do homem. Ou melhor, pela mão do homem e seus guindastes, pois, olhando de perto é que se percebe que são enormes, chegando a pesar até 45 toneladas. Localizado no município de Cabaceiras, o Lajedo do Pai Mateus faz parte de uma região conhecida como Cariri Paraibano, ou Cariri Velho, que durante muito tempo foi praticamente esquecida. No entanto, já foi habitada há milhares de anos pelos índios cariris, que emprestaram seu nome ao lugar e deixaram fortes marcas na cultura e no jeito de ser do nordestino.Na verdade, essa formação data de mais de 500 milhões de anos, no período pré-cambriano, em um processo que ainda ocorre lentamente. Eduardo Bagnoli, geólogo que há anos explora a região, explica que tudo começa no centro da terra: as rochas que se formam a 70 quilômetros de profundidade são empurradas para a superfície e começam a sofrer um processo de desgaste. Fissuras naturais e a constante mudança de temperatura que há na região – pois os dias são muito quentes e as noite mais frias - dilata e contrai a rocha abruptamente, e faz com que rachem. Inicialmente são blocos retangulares ou quadrados que vão se desgastando num processo chamado de esfoliação esferoidal, ou seja, vão tomando as formas arredondadas que possuem hoje.


Um imenso mar de granito se destaca na paisagem cinza do lugar. São dezenas de blocos de granito que, há milhares de anos, serviram para que os índios que habitavam o Nordeste deixassem suas marcas. Sítios arqueológicos se multiplicam na região. Pai Mateus na verdade refere-se a um antigo ermitão que vivia sob as pedras e acabou emprestando seu nome ao lugar, hoje invadido por turistas do mundo inteiro. O local já conta com boa estrutura para visitas, a exemplo de hotel e guias capacitados. Engana-se, porém, quem acha que é só isso. Esportes de aventura, cavalgadas e expedições pelos sítios arqueológicos são apenas algumas das atrações oferecidas a quem decide desbravar esse pedaço do Cariri.

SANTUARIO CRUZ DA MENINA -PATOS PB

Eu vou contar pra vocês a história de uma menina que nasceu lá no sertão uma alma nordestina e que teve sua infância tirada na ignorância de uma madrasta malina. Seu nome era Francisca Chiquinha devia ser uma menina querida com as irmãs a crescer quando uma seca maldita lhe fez a pior desdita botando tudo a correr. Foi aqui na Paraíba que o ocorrido se deu lá em Patos de Espinharas foi bem lá que aconteceu essa história interessante dessa família penante e que até já morreu. Quem nasce lá no sertão duas coisas pode ter ou ser muito abençoado ou ter vindo pra sofrer ter vindo viver uma graça ou pagar uma desgraça na medida do viver. Lá se conta uma história de uma nordestinada que nasceu só pra sofrer desde o dia da chegada a seca tirou-lhe o brilho e a dor foi o seu trilho de inocência apagada. Uma família sem nome sofrendo uma seca cruel passando de arretirada a pé debaixo do céu confiou em adoção uma filha do coração a um casal bem fiel. Para não morrer de fome essa menina foi dada a esse casal de nome foi assim tão confiada e partiram pelo mundo o primeiro e o segundo sem saber qual das estradas. Neste sertão sem porteira o sol faz sua seara o mundo nos apresenta dizendo logo de cara que a vida nasce de cacho quem quiser saia de baixo em Patos das Espinharas. Nessa ribeira querida onde a beleza existe na fulorada da terra na vida que sempre insiste sou obrigado a contar no decorrer do narrar uma história bem triste. Em pleno século XX no ano de 23 arreparem a tragédia em outubro, 11 do mês numa noite escurecida Francisca perdeu a vida vou contar só pra vocês. Nasceu em família pobre fugida de seca braba um casal de arretirante por amor a filha salva e dando por doação a filha do coração para outras duas almas. Domila e Absalão o casal agraciado em vez de criar Francisca com amor e com cuidado aproveitaram a questão usaram da escravidão cometeram esse pecado. Francisca, pobre coitada não podia nem brincar vivia sua infância somente pra trabalhar olhando pela janela com os olhos brincava ela com as crianças do lugar. Domila saiu à noite foi buscar Absalão deixando Francisca em casa ainda lavando o chão que depois de terminado devia dar por fechado janela, porta e portão. Francisca se esqueceu de fechar a tal janela Domila quando chegou estufou logo a titela pensando que era ladrão depois de buscar em vão se lembrou loguinho dela. Acordou a pequenina debaixo de cacetada com a trave da janela lhe castigou de pancada e sem a menor razão tentada lá pelo cão matou Francisca a paulada. Embrulharam a menina ainda de madrugada e lá fora da cidade entre pedras foi jogada encontrada noutro dia foi aquela agonia e a Deus encomendada. Botaram ali uma cruz enfeitaram com umas fitas Justiniano passava sofrendo uma seca maldita e se botou a pedir numa oração pra ela ouvir numa promessa bendita. O pedido era de água pro mundo não padecer o que já vinha sofrendo não deu outra, pode crer água veio de montão um mar saía do chão o milagre era de ver. Pelo milagre alcançado necessidade suprida Justiniano agradece fazendo ser construída uma Capela formosa para a menina bondosa por sua prece atendida. Por conta dessa Capela um parque ali se formou abriu-se a boca do céu pra terra esse anjo olhou intercedendo por quem rezando dizendo amém precise do Criador. Quem recebe um milagre pedido numa oração sabe do que estou falando sabe dessa emoção pois quem tem crença na terra esperança não enterra enquanto for um cristão. Cheio dessa devoção o romeiro agradecido vem no parque humildemente vem trazer em seu sentido e assim como eu boto deposita seu ex-voto do milagre merecido. Tem um dia todo ano calendário da Igreja que todo romeiro sonha todo coração almeja enfeitar todos os postes festejar o Pentecostes o fiel assim deseja. A festa começa cedo entra pela madrugada procissão levando a Santa o luzeiro na estrada o romeiro agradecido reza o terço no sentido de Francisca abençoada. A menina dessa cruz inda não reconhecida hoje é Santa do Povo é fiel e é querida e ao lado do sacrário ilumina o santuário de Maria concebida. Foi escrava nessa terra mas ganhou o paraíso fulorou nosso sertão aguou o mais preciso deu perfume a nossa vida nesse chão de tanta lida com o ar de seu sorriso. Francisca, nossa menina! ajude nossos irmãos rogai pelos desprovidos amansai nosso patrão enchei a vida de flores recebei nossos amores em troca desse sertão. Construído pelo Estado em 1993, com o apoio da Prefeitura de Patos-PB e sua Diocese, o Santuário da Cruz da Menina se presta a lembrar a pequena Francisca, morta no ano de 1923, adorada e vene- rada nos dias de hoje como uma Santa do Povo.

SANTUARIO CRUZ DA MENINA -PATOS PB


Uma das potencialidades turísticas do Sertão paraibano está na rica religiosidade popular.Em cada cidade é possível encontrar uma referência religiosa que serve de visita para romeiros e turistas interessados em conhecer um pouco mais sobre a cultura local. Em Patos, às margens da BR 230, talvez esteja o mais representativo desses pontos. O Santuário da Cruz da Menina é hoje um local de peregrinação que atrai milhares de visitantes a cada ano, espalhando a fama do episódio ocorrido ali tempos atrás e fazendo de Patos o epicentro religioso da região.


No ano de 1923, um casal de retirantes de passagem por Patos confiou a adoção de uma das filhas a uma tradicional família patoense. Depois de muito sofrimento, ocasionados pelos maus-tratos e espancamentos constantes, a criança veio morrer. O pai adotivo, então, resolveu ocultar o cadáver em um local ermo, próximo à sede da cidade. Descoberto o crime, a população construiu uma cruz; e, hoje, o município transformou o local do achado macabro em um importante centro de romarias, que representa um dos mais importantes centros turísticos religiosos do Estado.


Conta a história que um agricultor fez uma promessa à menina, pois havia uma grande seca assolando a região, para que fosse encontrada água a fim de matar a sede dos animais que já morriam nos pastos. Ele orou para que no chão de sua propriedade jorrasse água, o que teria acontecido tempos depois. O acontecimento, tido como um autêntico milagre, foi retribuído com a construção da capela que hoje serve de templo de orações à menina Francisca.





A capela se transformou num grande templo de orações. À margem da estrada que liga Patos à Pombal, pela rodovia BR- 230, encontra-se o santuário conhecido popularmente como “A Cruz da Menina”, local de permanentes romarias, e atração turística, beneficiado com a construção de um moderno parque constituído de cobertura de alumínio (sobre a capela erguida em memória do trágico fato ocorrido em 1923), salas de ex-votos, casa das velas, altar externo, ao pé de uma cruz com 10 metros, lanchonete, lojas de “souvenir”, teatro de arena, passarelas e jardins.

quarta-feira, 18 de março de 2009

ALDEIA INDIGENAS - PARAIBA

A FUNAI também é responsável pelo território situado no lado esquerdo do estuário, cuja Reserva Indígena atinge os Municípios de Marcação, Mataraca e Jacaraú. Sendo assim, as localidades situadas em área de Reserva Indígena são denominadas de aldeias, possuem um Cacique local eleito pela comunidade e um Cacique geral, além do chefe da FUNAI. Quanto à gestão do território propriamente, existem os convênios com as prefeituras no que tange a educação, saúde e policiamento, e a obediência às determinações do IBAMA, quanto às normas para a pesca e a utilização de embarcações. A autoridade máxima é o chefe da FUNAI, e ao Cacique geral cabe coordenar os caciques locais e organizar a Festa de São Miguel, uma festa de todas as aldeias indígenas, que ocorre a partir de 28 de Setembro e dura sete noites, sendo uma festa cristã com novenas e a dança indígena conhecida por Toré. As populações ribeirinhas do estuário vivem da pesca do peixe e da cata do caranguejo e do marisco. No entanto, a quantidade pescada vem diminuindo muito nos últimos 20 anos. As causas apontadas pelos ribeirinhos são o assoreamento do rio, que acabou com os grandes peixes e diminuiu a profundidade do rio; a pesca em rede miúda, que prejudica a reprodução; e a redinha, técnica predatória de pesca de caranguejo que, apesar de proibida, ainda é praticada. Marcação é um Município novo, emancipado recentemente e abrange todas as comunidades pesqueiras do lado esquerdo do estuário: Marcação, Brejinho, Tramataia, Camurupim e Coqueirinho. A seguir, confira algumas peculiaridades de cinco aldeias localizadas nesta área.
Jaraguá - Aldeia indígena de 900 eleitores, Jaraguá fica próxima ao Rio Tinto, no final da área de manguezais. Metade da população trabalha na Usina Japungú, Município de Lucena. O restante trabalha em Rio Tinto, e poucos ainda vivem da pesca no local. Esta atividade, enquanto fonte de sobrevivência, é mais praticada entre os desempregados. Atualmente os peixes mais encontrados são o bagre, o camurim, o robalo, a pescada, a carapeba e o caranguejo, que, com a prática desenfreada da redinha, vem desaparecendo. A técnica de pesca mais utilizada é a tomada. No entanto, a economia flutua de acordo com a disponibilidade de empregos, sendo a pesca uma tradição e importante fonte de alimento. A aldeia possui escola de 1º e 2º graus, posto de saúde, com enfermeira, Associação de Moradores e
» Vilarejo em Jaraguá
posto telefônico. A água vem de poços e não é encanada. A maioria das moradias é de taipa, pois o cacique local, Vicentinho, não permite construções de alvenaria, sendo esse o maior conflito da aldeia atualmente, já que muitos moradores anseiam pela casa de alvenaria. A Associação possui dez canoas para os pescadores cadastrados. A vegetação é de mangue canoé, o mais alto, e o mangue manso, de raízes escondidas. Nesta área observa-se a transição da vegetação, já que é o limite da área de influência de marés oceânicas. A partir de Porto Novo, aparece o mangue sapateiro, de raízes expostas, que se prolonga até a foz.

» Brejinho

Brejinho - Aldeia indígena com 53 famílias, onde todos trabalham no mangue catando caranguejo. Cacique Edmilson explica que o lixo é reciclado para ser reaproveitado na plantação e que isso é uma prática indígena. Seu pai, de Vila- Flor no Rio Grande do Norte, era Potiguara legítimo. Dos habitantes das aldeias, muitos são 'particular', isto é, brancos. Apesar da pesca ser praticada por todos, a principal fonte de renda da comunidade é a agricultura, sendo as culturas locais o inhame, a macaxeira, o feijão, a cana e o coqueiro. Brejinho fica numa área bastante úmida e de solos férteis, que garantem a agricultura sem o uso de agrotóxico, já que não houve até então disseminação de pragas. As árvores mais encontradas são mangueiras, coqueiros, cajueiros e algumas jaqueiras. Cada família ganha em média 30 reais com a pesca
de caranguejo e, nas épocas das safras, quem tem plantação aumenta a renda. Brejinho tem uma escola e uma casa de farinha, não tem telefonia, posto de saúde e comércio. A moradia é de taipa e a eletrificação chegou há apenas dois anos. Interessante em Brejinho são as poças naturais de água cristalina, onde o solo é arenoso. Nelas as pessoas fazem suas atividades cotidianas, como lavar verduras, louça e roupas, além de tomar banho.
» Tramataia

Aldeia com 230 famílias, onde quase todas vivem da pesca de peixe, caranguejo e marisco por todo o estuário. O transporte é a canoa, conhecida por patacha, que difere da canoa comum porque é feita de tábuas coladas com estopa e cal, enquanto a outra é feita de uma madeira só. A água e a areia do rio são utilizadas para construção. Esta aldeia tem a festa de São Sebastião, em janeiro. Parte da população é católica e parte protestante. No entanto, o casamento religioso não é prática comum. Possui uma benzedeira, Dona Santina Maria da Conceição. O tocador de coco é Miguel de Alice, e o cantador local é Manuca. Possui dois times de futebol e torneios. O caranguejo é a principal fonte de renda dos ribeirinhos. Existe um roçado da reserva onde se planta inhame, mandioca, feijão e milho. As duas casas de farinha são de particulares e o pagamento é de 20% da farinha produzida. Parte da farinha é vendida na feira de Rio Tinto, às sextas-feiras. Quanto ao peixe, quem tem refrigerador pode juntar e vender na feira; quem não tem, entrega ao atravessador por três reais o quilo e este é vendido por seis na feira. A renda média de uma família por semana é de 30 a 35 reais. São 20 aposentados na comunidade. Tramataia possui duas escolas, sendo uma creche e uma de 1º grau. Tem posto de saúde sem condições de atendimento. Não tem telefonia. A água vem do poço e é de boa qualidade, passa por um cano central e as casas puxam deste cano. As moradias são de taipa, havendo em torno de dez que são de alvenaria. Possui uma Associação de Moradores e cinco vendas. Como em todas as aldeias, banheiro não existe. O lixo é queimado nos quintais, mas caminhando à beira do rio, pode-se observar o mesmo espalhado em suas proximidades. Existem poucas árvores frutíferas e os pássaros existentes são os de mangue: maçarico, garça, socó, siricóia, lambú, sabiá e pardal que dizimou o canário. O problema maior da comunidade é não ter capital para investir em plantação e diversificar a renda que provém exclusivamente da pesca. Em Tramataia faz-se passeio de barcos para turistas para as seguintes localidades: Projeto Peixe Boi, arrecifes, ilhas e mangues, sendo o fluxo turístico de dezembro a março.

» Camurupim - Barcos de Pesca
Camurupim - Aldeia com 302 famílias, sendo sete em Coqueirinho. Setenta por cento das famílias vivem da pesca, na área na foz e no alto mar, e de catar marisco, atividade praticada nas croas que aparecem na maré baixa, por mulheres e crianças. Os peixes mais pescados são camurim, pescada, carapeba, bagre, arraia, pampo e tainha. Existem cinco barcos motorizados da Associação de Moradores. Em Camurupim, o turismo também é explorado, mas não há infra-estrutura de hospedagem. A festa da padroeira Santa Luzia é nos dias 12 e 13 de Dezembro. No dia 29 de Junho tem procissão de barcos em homenagem a São Pedro. A aldeia possui um sanfoneiro e uma banda de forró. As bandas de fora, no entanto, são mais apreciadas. Nos festejos juninos têm coco de roda e ciranda. As patachas são feitas na serraria local. De acordo com depoimentos locais de pescadores, de vinte anos para cá o rio vem esbarrancando rapidamente e perdendo profundidade. A pesca é a principal atividade, mas pratica-se a agricultura de subsistência e o plantio da cana para a usina de Mataraca. Cada família tem um pedaço nas terras da Reserva. Existe também área de broca, ou seja, de retirada de madeira para a queima doméstica. A maioria das famílias possui criação de galinhas. A renda familiar é de 25 a 30 reais por semana, sendo a população aposentada de 40%. Camurupim possui uma escola de 1o grau, um posto de saúde, de correios e telefônico. A água é encanada e vem do poço. Existem 10 vendas. O trans-
porte para Baía da Traição circula três vezes por semana, e para Rio Tinto, todos os dias, passando por Tramataia. A FUNAI possui um projeto para implantação de banheiros nas aldeias. A taipa é a moradia que predomina, mas as de alvenaria também existem. A Associação de Moradores serve para beneficiar a pesca e a agricultura. Existe também uma
olaria. A caça é pouco praticada e os animais são lambú, juriti, galega, tejuassú, tatu e raposa. Atualmente o IBAMA não permite a caça. Antigamente havia cotia, guariba, preguiça, tamanduá e quati, mas a devastação das matas para o plantio de cana foi acabando com os animais na região. Coqueirinho - Comunidade que pertence a Camurupim, com vinte e cinco pessoas e que vem se expandindo muito nos últimos três anos com a proliferação de casas de alvenaria para veraneio. A comunidade, porém, vive da pesca, praticada entre os arrecifes e a praia, cujo destino maior é a própria subsistência. Não entra renda na comunidade, a não ser a aposentadoria, e quando aparece uma

» Camurupim
- Associação de Moradores
construção, é para empregar a população local. Não possui nenhuma infra-estrutura, sequer eletricidade, e o acesso é feito de barco. As moradias são de taipa e palha de coqueiro. Os veranistas estão organizando uma associação. O pequeno povoado possui uma Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes com mais de cem anos, sendo a sua festa, em Dezembro, bastante procurada por pescadores de várias aldeias e localidades. As árvores existentes são o coqueiro, cajueiro, cajarana, laranja, pitanga, groselha, etc. O acesso a Coqueirinho se dá por Camurupim, através de patachas, ou por Baía da Traição, pela praia e por estrada.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

HISTORIA DE IAÇU - BAHIA

A Colonização Portuguesa no Brasil foi feita subindo os rios, onde os Donatários de Capitanias e Governadores Gerais, por ordem do Governo da Metrópole, concediam Sesmarias, a fim de povoar o País. Foi o Paraguaçu o rio que primeiro atraiu o movimento de Colonização. A história de Iaçu, que em Tupy-guarany significa Água Grande, teve início por volta de 1674. O Capitão Mor Estevão Baião Parente recebe as terras da Coroa Portuguesa como pagamento pelos serviços prestados à Coroa Portuguesa.
Alguns anos depois morreu o capitão Estevão, deixando como herdeiro das terras o seu filho Capitão João Amaro Maciel Parente, em 1698 o Capitão João Amaro chega para assumir a herança deixada pelo pai. A expedição que veio tomar posse das terras cruzando o Rio São Francisco, sofreu muitas perdas por causa de doenças como a peste bubônica. Em 1707 as terras são vendidas pela primeira vez. Após várias sucessões de herdeiros. Em 1735 foi feita a primeira arrematação por Thomas de Paiva Rollas, morre em 1743 Thomás de Paiva Rollas deixando como herdeiro seu sobrinho que vende a Manoel Frutoso em 1745. Em 1797 O Patrimônio é arrematado pelo Coronel João Barbosa Madureira, deixando como herdeiro o Desembargador José Pereira Lopes Silva e Carvalho que vem a morrer em 1820, deixando tudo para sua genitora, as terras são vendidas ao senhor Caetano Gonçalves de Oliveira, que devolve as terras a mãe do desembargador José Pereira Lopes Silva e Carvalho por falta de pagamento, em 1831 os Irmãos Januário compram as terras e por serem menores foram representados pelo padre Antonio Anselmo da Costa. Após a morte da ultima irmã Januário, herdou o patrimônio, sua sobrinha e filha de criação Norberta Sodré Rodrigues de Magalhães, casada com o professor José Caetano de Magalhães em 1906.
Sitio Novo, antigo nome de Iaçu, foi administrado pela cidade de Cachoeira por 44 anos, por Curralinho hoje cidade de Castro Alves por Monte cruzeiro por 16 anos e pela cidade de Santa Terezinha por 31 anos a sede do distrito era João Amaro e seu primeiro cartório foi fundado em João Amaro em 1889, onde o primeiro registrado foi o Sr. Gratuliano Vaz Sampaio, pai do Ex-Prefeito José Carlos Vaz Sampaio.
Em 1882 surgiu o povoado com a chegada dos trilhos da estrada de ferro, o local era uma fazenda de gado da família Moura Medrado, sendo seu patriarca o Coronel Manoel Justiniano de Moura Medrado se chama Fazenda Sitio Novo. O vilarejo foi crescendo ao redor da Estação Ferroviária, com a estrada de ferro veio o progresso e com ele os primeiros moradores, empregados da ferrovia. Atraídos pela água abundante do Rio Paraguaçu e pelo transporte fácil, outras pessoas começaram a fixar residência e abrir comércio. Foi assim que de Sitio Novo o povoado passou a chamar-se Paraguaçu, pela resolução municipal nº 03 de 19 de abril de 1922, do município de Santa Terezinha ao qual pertencia o povoado, e aprovada pela Lei Estadual nº1569 de 03 de agosto de 1922.
No inicio da criação do povoado, era grande o movimento de tropeiro que para aqui vinham, trazendo mercadorias para embarcar no trem e levar de volta para as suas cidades outras mercadorias trazidas por eles estes tropeiros vinham de jacobina, Mundo Novo, Ipirá, antigo Camisão, Rui Barbosa, antigo Orobó, Itaberaba, antigo Rosário e outras cidades. Os tropeiros atravessavam o rio em embarcações que se chamavam ajojos, balsas e canoas, mas, para alegria de todos, no ano de 1904, no Governo de Severino Vieira, foi construída a ponte rodoviária que recebeu o nome do Governador o que facilitou sobremaneira a ligação com as cidades que situavam-se à margem esquerda do rio. E em 1923 por necessidade da ferrovia para a construção do Ramal Paraguaçu a Senhor do Bom fim, foi construída a ponte ferroviária. Como estamos a ver foi a estrada de ferro o fator principal para o desenvolvimento do povoado do Paraguaçu.
Na divisão administrativa do Brasil de 1943 e ratificada em 1944 apareceu como Iaçu, em 14 de agosto de 1958 a Lei Estadual nº1026 elevou-0 à categoria de município desmembrados do município de Santa Terezinha e constituiu de 02 distritos, João Amaro fundado pelo Bandeirante João Amaro e o Distrito de Lajedo Alto. Com as seguintes divisões: ponto de partida do rio Paraguaçu, no local denominado Roncador, na fazenda Patinhos, daí rumo direto ao pontilhão da estrada de ferro no riacho do Morro Preto, divisando com Santa Terezinha, daí em linha reta ao ponto mais alto do Morro Milagres divisando com o município de Amargosa, seguindo em reta a nascente do riacho do Bomfim, junto ao extremo, da serra cajazeira, seguindo daí pelo divisor de água dessa serra ainda divisando com o Município de Brejões até o ribeirão salgado no morro do mesmo nome, daí em rumo direto ao marco da estrada velha da Fazenda Formosa divisando com o Município de Planaltino, seguindo a margem do Riacho da Palma pelo qual desce divisando com o Município de Marcionilio Souza até encontrar com margem do Rio Paraguaçu, seguindo-se a linha pela margem esquerda em fronteira com o município de Boa Vista do Tupim incluindo as margens no trecho do distrito de João Amaro, desse o rio fazendo fronteira com o município de Itaberaba até o ponto inicial do Roncador na Fazenda Patinhos.
No alvorecer o município de Iaçu se tornou um ponto de exportação e importação de produtos através do eixo ferroviário da leste Brasileira. Quando a estrada de ferro chegou, construíram-se grandes casas de consignação onde os consignatórios recebiam produtos de comercialização de todo o sertão e chapada diamantina, que eram transportados pelos trens de ferro para abastecer os mercados da Capital. Por esta mesma via chegavam os produtos que subiam para abastecer as vilas e cidades dos Sertões Diamantinos.
A estrada de ferro ficou estacionada em Iaçu durante muitos anos quando teve prosseguimento o trecho para o povoado de Machado Portela e após a construção da ponte ferroviária sobre o rio Paraguaçu prosseguiu para Itaberaba e cidade de Senhor do Bomfim.



FUNDAÇÃO DE SALVADOR - BAHIA

SALVADOR HOJE,(1999)

A capital da alegria, da cultura, terra do carnaval, capital afro-brasileira, berço de todos os ritmos.

São títulos atribuídos à bela Salvador, pelo seu passado, pelo seu presente, pelas artes atemporais que acrescentam encantos à sua magia natural.

A peninsular capital da Bahia é hoje a terceira cidade do país , com 2,3 milhões de perenes foliões sob o clima tropical. O sol constante é a fonte de energia do povo mais festeiro do Brasil, que emana sua singular cultura afro-baiana manifestada nos ritmos , festas populares, capoeira e culinária.

À entrada da Baía de Todos os Santos, Salvador foi edificada em dois níveis :

Cidade Baixa

Uma faixa de planície litorânea;

Cidade Alta

Sobre um planalto aproximadamente 70m acima do nível do mar. Salvador, em toda sua expressão, não caberia em uma cidade só. Ladeiras íngremes, modernas rampas, planos inclinados e o elevador Lacerda ( que data de 1873) ligam os dois "pavimentos". Os 50km de praias, também elo das cidades, começa nas areias da praia do Flamengo, seguindo por Stella Maris e passa uma tarde em Itapoã. Chegar à Barra exige a passagem em Jaguaribe, Jardim de Alah, Rio Vermelho e Ondina, outras praias destacáveis de Salvador. Na cidade baixa , Cantagalo, Roma, Boa Viagem e Ribeira. Itacaranha, São Tomé de Paripe e Inema, na zona suburbana de Salvador, encerram a maré alta de encantos.O maior patrimônio arquitetônico barroco da América Latina remete-nos ao tempo em que Salvador era a capital do Brasil Colônia. Só no centro histórico são quase 500, entre igrejas ( que, acreditam alguns, são 365, uma para c

ada dia, para cada santo, para Todos os Santos), palácios, fortalezas e monumentos que testemunham histórias memoráveis daquela época. O Pelô, como é carinhosamente chamado, abriga um superlativo centro de cultura e lazer. São galerias de arte, teatros , museus, bares que fazem das suas caminhadas por suas ruas e becos um degustar contínuo de cultura temperada com dendê.A culinária é outro forte indício da contribuição negra na cultura, desde os tradicionais acarajé e abará às muquecas e efós. É o menu que abastece de energia suficiente para acompanhar o ritmo festivo da Bahia, principalmente durante o carnaval, maior festa de rua do Brasil. Na Bahia a puxada do trio dura 7 dias, blocos afro, afoxés, cordões populares, grandes bandas de axé e estrelas da MPB desfilam e cobrem as avenidas com decibéis de folia.É esta cultura peculiar o maior motivo de orgulho da cidade, que este ano completa 450 anos. Salve, Salvador!

SALVADOR ONTEM,(ANTIGA)(1912)

A nossa história começa em 1501, quando Américo Vespuccio descortina a Baía de Todos os Santos. Sua posse foi oficializada com a colocação do marco da coroa portuguesa, onde hoje está localizado o Forte e o Farol da Barra. Bela e segura rota, o local passa a ser freqüentemente visitado por esquadras em trânsito (a vocação turística de Salvador já se fazia presente). Não se instalou nenhum princípio de povoação logo no início da descoberta, no entanto.
Em 1510, Diogo Álvares Correia, que destinava-se às Índias, termina naufragando na Baía de Todos os Santos. Os índios Tupinambás pescam a tripulação e a devoram. Apenas um sobrevive, é poupado pela tribo por ser extremamente magro e alto, não sendo, portanto, um bom "prato", fato que explica o apelido que lhe foi dado e como passou a ser mais conhecido : Caramuru. ( Caramuru ou moréia é um peixe esguio e comprido característico da região). Ele conquista a confiança dos índios e casa-se com a filha do cacique Taparica, a Paraguaçu , que recebe posteriormente o nome Catarina, em seu batismo na França. Surge daí o primeiro núcleo de povoamento da baía. Localizava-se entre o bairro da Graça e a Vitória, e, acreditam alguns historiadores, foi chamado de Salvador em alusão ao naufrágio. Foi considerado um patriarca, sua prole foi tão numerosa que Gregório de Matos o chamou de "Adão de Massapê" ( massapê : terra argilosa da Bahia, ideal para cultura da cana-de-açúcar.) a miscigenação, hoje traço marcante da cidade, tem aí seu início. Portugal, no entanto, pouco estava interessado com o que se passava por aqui. Não tendo encontrado metais preciosos como a Espanha em suas colônias, ocupava-se com o ainda rentável comércio de especiarias da Índia. Apenas com a ameaça dos recém -formados estados nacionais da França, Inglaterra e Holanda, que, por ter sido tardia, ficaram de fora do tratado que dividia o mundo entre os países ibéricos, Portugal decide ocupar a colônia, para evitar a perda. D. João III, monarca português, divide, então, o Brasil em capitanias hereditárias, medida colonizadora mais adequada para a situação - reduzia os investimentos diretos da coroa, já que cabia ao donatário zelar pela defesa e geração de riqueza explorável na colônia e , evidentemente, pagar imposto.A capitania da Bahia foi doada a Francisco Pereira Coutinho, que chegou aqui em 1536 e fundou a vila da Bahia, no lugar onde ainda se localizam o Forte de São Diogo e a Igreja de Santo Antônio da Barra. Conta-se que a tripulação que o acompanhava assustou-se com a presença de um branco entre os nativos; era Caramuru, agora seu mais próximo vizinho. Pereira plantou algodão e cana-de-açúcar, mas seus esforços de povoamento têm fim um ano depois, com um naufrágio também na Baía de Todos os Santos. Neste dia, a refeição foi farta na tribo tupinambá, prato principal : Francisco Pereira Coutinho. Caramuru funde as duas vilas que passam à denominação geral de Vila Velha, em contraposição à cidade posteriormente fundada. A capitania da Bahia não foi a única a fracassar. A falta de recursos para investimentos e de segurança, o isolamento das capitanias entre si foram fatores que se somaram definindo o malogro. D. João, também preocupado com o poder absoluto dos donatários em suas capitanias e desconfiado da sonegação dos impostos, implanta um governo geral que pudesse centralizar os interesses da coroa. A família de Pereira Coutinho, não querendo dar continuidade ao empreendimento, vende a capitania a Portugal, onde, então, fundaria a sede do governo geral. A idéia de D. João era "mandar fazer uma fortaleza e povoação grande e forte, em lugar conveniente". O encarregado da missão era Tomé de Souza, primeiro governador geral do Brasil, que chega aqui em 1549, no dia 29 de março, data oficial de nascimento da capital ( no calendário católico, dia do São Salvador, fato a que outro grupo de historiadores atribui o nome da cidade).Nos primeiros dias, sua tripulação ocupou a Vila Velha (liderada por Caramuru), povoado pouco próspero e cuja localização parece não ter agradado Tomé de Souza, que veio a estabelecer a primeira cidade do Brasil onde hoje é a Praça Municipal. Os desenhos e plantas de construção vieram do reino. Seus limites eram os seguintes : * ao sul : pela porta de Santa Luzia, no sítio onde hoje a Rua Chile encontra-se com a Praça Castro Alves.* ao norte : na porta de Santa Catarina, no limite atual entre a Praça Municipal e a Rua da Misericórdia, junto à esquina com a ladeira da Praça.* pela face leste : uma barroca pequena - chamada Barroquinha.Nascia Salvador, que seria a porta do Brasil, capital do Atlântico Sul até 1763. Começava a efetiva ocupação do Brasil pela administração lusitana.